segunda-feira, 26 de março de 2012

Leia em primeira mão...

     “Douro. Há muito que não ouvia o doce som daquela palavra. Já quase se esquecera de como se pronunciava e mesmo no sotaque arranhado do filho lhe pareceu um coro de vozes angélicas. Como se poderia ter esquecido tanto tempo da sua amada terra?
  De um momento para o outro deu por si enleado por uma memória difusa. Lembrou-se de um dia de vindima. Após um dia de calor tórrido, uma trovoada abatera-se sobre a aldeia. Sim, até os trovões pareciam cantar de maneira diferente naquelas encostas. Refletidos no rio constituíam um espetáculo aterrador, porém, fascinante e grandioso. Lembra-se de o pai o ter pegado ao colo e correr encosta abaixo até um casebre. Ao entrar, foi de imediato invadido por um calor, um calor que se entranhava nos ossos e que desde que partira nunca mais voltara a sentir. A gordura que lacrimejava do fumeiro atiçava ainda mais as chamas.

     Esperava-os uma mesa colorida e farta, e o cheiro que dela emanava que seduzia os deuses. Ah! O pão! Nunca o seu paladar provara igual iguaria! Só de pensar naquele pão crocante e saboroso as suas pupilas gustativas ficavam em êxtase. Recorda-se ainda de ter pegado num naco de pão e metade de uma alheira e vir para fora assistir ao nascimento do arco-íris e respirara a doce fragrância da terra molhada.

     Perdido nesta nostalgia, José não se apercebera que o filho o chamava insistentemente: (…)”

domingo, 25 de março de 2012

Douro em Azulejos

 

Região Demarcada do Douro

 A Região Demarcada do Douro foi a primeira Região Demarcada e Reconhecida do Mundo. Foi criada no reinado de D. José I, pelo seu Primeiro-ministro Marquês de Pombal, porém a  sua criação só foi oficialmente  confirmada em 1921.
  Esta Região, também é conhecida como “Pais Vinhateiro” estende-se ao longo do vale do Douro e dos seus inúmeros afluentes, desde Barqueiros (concelho de Mesão Frio), até Barca d`Alva, numa área aproximada de 250.000 ha, abrangendo vários concelhos pertencentes aos distritos de: Vila Real; Viseu; Bragança e Guarda.

Subdivide-se em 3 zonas:

  • O Baixo- Corgo – É toda a margem direita do Rio Douro, desde Barqueiros até ao Rio Corgo. Na margem esquerda, desde a freguesia de Barrô até ao Rio Temi- Lobos, nas proximidades da Vila de Armamar.
  • O Cima-Corgo – Começa no Rio Temi-Lobos e vai até ao meridiano que passa no Cachão da Valeira.
  • O Douro Superior – Começa em Cachão da Valeira e vai até a fronteira Espanhola
RDD

quarta-feira, 21 de março de 2012

Lições Aprendidas


A visita de estudo de 2012-03-19 não só foi inspiradora e enriquecedora como também funcionou como um alerta para as nossas jovens consciências. O contacto com o nosso património edificado e natural despertou em nós o sentido de “identidade.” É lamentável, apesar dos esforços que têm sido encetados, porém, constrangidos pela falta de verbas, ver a nosso património, a nossa história esvair-se-nos por entre os dedos. Mais lamentável é a nossa atitude de desprezo e indiferença perante o galopante processo de deterioração e destruição desta herança. Pode parecer apenas um “monte de calhaus iguais a outros milhares que existem por esse Portugal”, contudo, esquecemo-nos demasiadas vezes que constituem os nossos alicerces (e quais são os melhores alicerces que não os de pedra?).
Conjetura-se na ficção científica, que nas hipotéticas viagens no tempo, que qualquer mínima alteração no passado comprometeria por completo o futuro. Com os “calhaus” acontece mais ou menos a mesma coisa: ao apagar o passado comprometemos a nossa identidade, as singularidades que nos distinguem no mar de povos.
Ao contrário do que querem fazer querer, tal não é inevitável. Nós podemos contornar esse futuro negro que insistem em impor-nos. Nós, jovens, mas também e acima de tudo os adultos, e os idosos que desempenham um papel fulcral neste processo.
Há uns “calhaus” na tua terra do “tempo em que as galinhas tinham dentes”? Não hesites em divulgá-los ao mundo. Põe um vídeo na internet, posta uma foto nas redes socias, passa a palavra. Insiste junto da população para que esse património seja devidamente classificado (se ainda não o é), torna-o a estrela da tua localidade.
Agita! Acredita!

Diário de Bordo XIV

Nota: não há concordância entre os factos apresentados e a data da sua publicação no blog. Por motivos que nos são completamente alheios não puderam ser publicados no respetivo dia do sucedido. O relato seguinte reporta-se ao dia   20 de março de 2012. 

Excecionalmente, a nossa reunião realizou-se na terça-feira à tarde (devido à visita de estudo). A visita de estudo particularmente inspiradora do dia anterior, deixou-nos cheios de ideias e forças e convicções  renovadas para prosseguir com a  nossa empreita. O nosso enredo aproxima-se vertiginosamente do seu clímax.  
Mas desengane-se quem pensa que a viagem  caminha para a reta final. Muito pelo contrário. O trabalho mal começou. 

Uma coisa é ter ideias; articulá-las e estruturá-las num texto narrativo é outra bem diferente. Porém, nada tememos. Herdamos o espírito forte daqueles que contrariando os fados, subjugaram a rebelde natureza destes montes escarpados transformando-os naquilo que hoje conhecemos como o Douro. 

Fiquem atentos às próximas postagens! Revelações supreendentes muito em breve!  

As famosas t-shirts

Numa das últimas postagens, assumimos o solene compromisso de mostrar aos excelentíssimos leitores que nos acompanham as t-shirts alusivas ao projeto. Estreamo-las na visita de estudo de 2012-03-19 (ver mensagem anterior). Modéstia à parte, estamos muito elegantes (eehhhh!!!). 


Foto do Grupo na Capela do Sr. de Perafita

terça-feira, 20 de março de 2012

Visita de Estudo ao Concelho (2012-3-19)

Depois de um período de intenso trabalho, esta visita de estudo revelou-se uma verdadeira bênção. Partimos da escola por volta das 9:00h na companhia do já nosso velho conhecido arqueólogo Tiago Gomes (a quem aqui fica o nosso reconhecimento pelas pacientes explicações fornecidas) que orientou a visita. O entusiasmo impregnava o ar. Nem o ar gelado de março nos retirou a alegria. Apesar de "desligados" das aulas, não poderíamos esquecer o nosso projeto, fazendo questão de "agitar" todos os locais por onde passávamos.  

Embora os pontos visitados já fossem sobejamente conhecidos por alguns, há pormenores que passam despercebidos ao olho amador e que só o olho treinado de um arqueólogo deteta e para os quais ele fez  questão de chamar a nossa atenção. 

Começamos por visitar o Castro do Pópulo (ver fotos abaixo) sito no aldeia do homónima, também conhecido poCastelo de São Marcos ou ainda pela designação de Castro da Touca Rota. 



Segunda linha de muralha do Castro











Este povoado fortificado situa-se na extremidade nordeste do planalto de Alijó e está classificado como Imóvel de Interesse Público. Data da Idade do Ferro sofrendo  posteriormente um processo de romanização.
É constituído por duas linhas de muralha, troços das quais ainda se encontram em excelente estado de conservação. 





Outra vista da muralha 

















No sopé, do lado acessível, localiza-se a Capela de S.Marcos. 




Um pouco mais abaixo, visitamos também a Capela da Sra. da Boa Morte.  






Daí zarpamos rumo à aldeia de Perafita, onde visitamos o complexo do Santuário do Sr. de Perafita constituído pela Igreja, a Torre Sineira, a Casa dos Milagres, Capela do Sr. dos Milagres e a Fonte junto à Capela. 


A Igreja - é um típico exemplar da arquitectura religiosa do 
 século XVIII. Apesar da profusão decorativa da fachada frontal, tanto o restante exterior como interior primam pela simplicidade.  
Pormenor da fachada da Igreja

Torre Sineira - situa-se entre a Igreja ea Casa dos Milagres. Destaca-se de edificações semelhantes pela sua singularidade, pois encontra-se separa da Igreja. Alguns subiram mesmo até ao sino. Em termos decorativos é muito semelhante à Igreja. 




Casa dos Milagres - destaca-se pela simplicidade das suas formas. Ainda continua a cumprir a sua função de abrigo para guardar as tábuas votivas e outros ex-votos. 

                                                           Interior da Casa dos Milagres 


Capela do Senhor dos Milagres - apresenta uma estrutura muito semelhante à dos outros dois edifícios e igualmente simples. Abriga  a imagem de Cristo no acto da crucificação.

A Capela vista a partir da Torre Sineira 

Via Romana que conduz à Capela

Fonte junto à Capela 

Apresentamos de seguida algumas perspetivas da vista da capela: 




Outros pontos de interesse:
Este relógio de sol encontra-se no telhado da Casa dos Milagres e é um dos poucos exemplares existentes no concelho.


Atentem as estas pedras arredondados e furadas ao centro. São únicas no concelho. Desde de há muito que são usadas nesta aldeia, criando ramadas ímpares. É pena que estejam a desaparecer!

De seguida, viajamos até ao complexo do Santuário da Nossa Senhora da Piedade (em Safins do Douro) para uma merecida pausa e para apreciar um belo repasto em alegre convívio.

Deixamos aqui uma amostra da idílica paisagem sobre o Douro. Mas, obviamente, nada como um aproveitar o fim de semana para dar lá uma escapadinha.




O dia terminou com a visita à ponte romana situada na mesma localidade.



Ainda que exaustos, sentimos que chegamos a casa trazendo na bagagem as recordações de um dia bem passado e uma cultura mais enriquecida. Claro que nada disto teria sido possível sem dedicação da Prof. Leonor Magalhães, da nossa Diretora de Turma e Coordenadora do Projeto, a Prof. Isabel Moreira e aos Professores Valdemar Reis e Cláudia Morais por nos terem acompanhado nesta aventura. Não fica esquecido o inestimável apoio da Câmara Municipal que gentilmente cedeu o transporte para todas estas andanças.  


segunda-feira, 19 de março de 2012

"Ó Tempo, volta para trás..."

 

Ado(U)ração

Descer-te, Douro Alto, até às margens
Do rio que te curva a adoração,
É ascender ao estado de fusão
De ser néctar e xistos, sem clivagens.

Subir-vos, Douro-e-montes, é sufrágio,
Que cumpro, calço a calço, em devoção,
Não encontrando nisso dor senão
A demora do necessário estágio

Do vinho que te bebo em ponto nobre
E me eleva ao sacro azul que te cobre.

Medito-te então, Douro, em alva ermida,
Quieta e contemplativa oração,
Como quem agradece as cores do verão
Na certeza da vindima pressentida.

Blog: http://douroumpoema.blogspot.com/ de Teresa Teixeira

sexta-feira, 16 de março de 2012

Diário de Bordo XIII

Sexta-feira. Mais uma reunião. Porém, estas não são só meras reuniões de trabalho. O que nas primeiras semanas nos víamos como uma rotina aborrecida, acabou por se transformar num encontro bissemanal de bons amigos. Quem nos encontrar todos reunidos à volta da mesa, muito animados e entusiasta, julgará que se tratará decerto de uma festa.

  De facto, mesmo quando assumimos este compromisso, nunca imaginamos que nos daria tanto gozo desenvolver este projeto.  Mesmo que não atinjamos as metas necessárias para subir ao pódio, todo este caminho já terá valido a pena até só pelos momentos únicos que passamos juntos. 

Mas tudo isto são divagações inúteis  e antes que o leitor feche a página vamos passar  ao que realmente importa e que o moveu a digitar a morada no seu navegador.

Sim, hoje a história cresceu mais bocadinho; novos acontecimentos foram adicionados ao enredo. Começa a assemelhar-se a uma telenovela. Temos de ter cuidado, se não daqui ultrapassaremos largamente o limite imposto pelo regulamento. Deixamos uma pista: o romance anda no ar...

Pronto, já falamos de mais. Mas difícil ficarmos calados quando estamos entusiasmados com alguma coisa.
Antes que revelemos a história toda, é melhor ficar por aqui.

Voltemos em breve

 


Diário de Bordo XII

Nota: não há concordância entre os factos apresentados e a data da sua publicação no blog. Por motivos que nos são completamente alheios não puderam ser publicados no respetivo dia do sucedido. O relato seguinte reporta-se ao dia   13 de março de 2012.  

Hoje tomaram-se decisões significativas para o avanço da nossa narrativa. A questão dos pormenores a incluir levanta sempre os ânimos, no bom sentido. É difícil controlar tais espíritos inquietos ciosos de  exprimir a sua criatividade. Depois de quase uma hora de acesa discussão, lá conseguimos chegar a um consenso.

Continuem desse lado. To be continues...

Será que há inocentes?

Em consequência do seu modelo de economia social, a que ninguém no mundo pode ficar indiferente mas, tão só, invejoso, a Europa atravessa uma fase crítica no seu desenvolvimento. Não tendo ainda conseguido “exportar” os valores deste seu modelo organizacional, viu partir a sua agricultura, a sua indústria, o seu capital e o seu know-how para os denominados “países emergentes”, detentores de matérias-primas e mão-de-obra barata. Ou seja, “exportou” a sua própria atividade económica!
Sem demonstrar quaisquer instintos belicistas e na expectativa de que o resto do mundo venha a adotar o seu modelo social, este estádio atual da economia europeia está a permitir o desenvolvimento económico dos países emergentes. Digamos que a Europa, no seu conjunto e desinteressadamente, assumiu um verdadeiro papel de solidariedade para com o globo.
Esta virtualidade da “globalização social” deveria ser positiva e claramente assumida pelos dirigentes políticos europeus, consagrando o espírito próprio deste velho continente na sua visão do mundo, de forma a mobilizar a participação todos os seus cidadãos (incluindo os “indignados”) neste louvável objetivo. Mas, simultaneamente, aqueles dirigentes deveriam também definir e adotar, explicando, o modelo necessário à sustentabilidade económica do espaço que governam.
Como, pelos excedentes gerados, o capitalismo tem a virtualidade de sempre gerar equilíbrios, se bem que instáveis, vai ser possível à Europa, num qualquer futuro, voltar a deter uma interessante quota na produção de bens, quanto mais não seja em resultado da proximidade do mercado. O problema que se lhe coloca é o de saber se ainda existirão consumidores em quantidade suficiente e, no caso afirmativo, com a necessária capacidade financeira, quando tal reequilíbrio for atingido.
Com efeito, a política cega e desgarrada de redução de salários, transversal na Europa numa tentativa de ganhar competitividade no preço dos seus produtos, vai drasticamente reduzir a relevância do forte argumento que, neste momento, ainda possui nas negociações internacionais – enorme mercado de consumo –, não só pela diminuição do seu poder de compra, como pela emigração que tal política causa.
No surdo silêncio das autoridades, subsistem alguns europeus que, conhecedores desta realidade e não se resignando aos subsídios que aqueles concedem, dignificam a sua origem e conseguem beneficiar no mercado global, sem prejuízo dos valores europeus: democracia e liberdade, em paz. São exatamente estes os que, na prossecução da sua atividade económica, vão conseguindo produzir e comercializar mundialmente os seus bens e serviços, não por estes terem um preço baixo, mas pela respetiva qualidade, originalidade ou raridade, sejam esses qualificativos mesmo próprios, seja pela possibilidade de lhes serem associados pela via da promoção publicitária.
No entanto, surge a crise financeira e tudo fica a nu. Não só não estavam pensadas, sequer, as medidas políticas para a sustentabilidade económica de todo o espaço europeu, como rapidamente se demonstrou a inexistência de qualquer espírito de solidariedade entre os países que o compõe. Se bem que com influência temporal na atividade económica, mas não deixando de ser especificamente financeira, esta crise deveria ter sido abordada, resolvida e explicada, dentro do seu próprio âmbito, pelo necessário ajuste temporal, uma vez que, como todos saberão, a atividade financeira resulta exclusivamente do diferencial de tempo decorrido entre duas datas, mesmo que, a futura, seja ainda desconhecida. Por exemplo, deveriam ter sido tomadas medidas que evitassem a especulação financeira a que diariamente vimos assistindo: enormes fortunas virtuais conseguidas em negócios puramente financeiros, transferindo “potenciais” lucros futuros, que se vêm sempre a revelar como “consumados prejuízos”, para os adquirentes! Se associarmos a este negócio a origem e o destino deste capital, chegaremos, na generalidade dos casos, às mesmas entidades – Fundos de Pensões –, os quais deveriam estar permanentemente vocacionados (regulamentados) para o desenvolvimento da atividade económica, gerando emprego e, consequentemente, novos financiadores daqueles fundos, assegurando a sua própria sustentabilidade, e não para atividades especulativas de que só beneficiam os respetivos “gestores”.

Será que há inocentes?

Todo este introito tem em vista uma análise pragmática da crise que o Douro atravessa, enraizando-a no espaço económico em que se insere. Destacadamente, a sua principal atividade é a produção de vinho e, à semelhança do já atrás afirmado quanto ao preço dos produtos europeus, aqui agravado pela morfologia do solo, suporta um custo de produção superior à de qualquer outra região do mundo. Não podendo, por isso, ser competitiva no preço dos seus produtos, tem a enorme vantagem de ser a única que obtêm um produto mundialmente reconhecido e apreciado – o Vinho do Porto.
O problema do Douro resulta exclusivamente de não existir consumo mundial suficiente para as 260 mil pipas de vinho que produz anualmente, em média. Neste momento e se juntarmos o Porto, Moscatel, DOC’s, Espumantes e Regionais, a comercialização ronda as 200 mil pipas, mas, de acordo com os operadores, o preço praticado para a generalidade desses produtos não cobre os respetivos custos de produção. Esses preços, pressionados em baixa pelos excedentes anualmente gerados, são determinados pelas produções de regiões vínicas de maior produtividade e menores custos de produção e não pela própria estrutura de custos da região.
Claro que dirá qualquer leigo (para não falar nos conhecedores mal-intencionados), se não existe mercado para o consumo integral da sua produção, a região deverá proceder ao arranque da vinha excedentária, ajustando a oferta à procura. Felizmente nem todos são leigos, pelo que nem todos assim pensam. O arranque da vinha acarreta uma imediata diminuição da produção, um aumento do desemprego, com a consequente desertificação social regional e, em anos de fraca produção, escassez de oferta.
Já para os conhecedores, não só da realidade regional como da problemática europeia acima descrita, existe uma outra possibilidade muito mais atual, interessante e abrangente para a região e para Portugal.
A beneficiação do vinho generoso, com aguardente vínica, implica o consumo de 230 pipas de mosto para a produção de 100 pipas de Vinho do Porto. Basicamente é esta a fórmula que, evitando a ocorrência de excedentes anuais na produção vínica regional e, consequentemente, a degradação dos preços dos seus produtos, permite ainda a rápida adaptação da produção (oferta) ao consumo (procura). Ou seja, produzindo o Vinho do Porto exclusivamente com a aguardente regional e sendo acordado anualmente um preço para aquisição de vinhos, que produzirão essa aguardente, suficientemente compensador para fazer face aos custos suportados, a região duriense obterá a receita necessária à sua própria sustentabilidade e sem qualquer ajuda exterior.
Evidentemente que o preço de venda do Vinho do Porto irá subir de forma a poder cobrir os respetivos custos de produção. Mais, dizem os operadores, duplicará de preço à saída da vinificação, que não no consumidor, dados os custos complementares do embalamento e do Imposto sobre o Consumo de Bebidas Alcoólicas se manterem estáveis. Mas não será este, neste momento, o único caminho para aumentar o valor da produção regional, nacional e, mesmo, europeia?
Nestes termos, sobrará um único argumento para não avançar com este projeto: a possibilidade da diminuição da comercialização de Vinho do Porto, em consequência do aumento do seu preço. Mas será esta a verdadeira razão? Vejamos:
- a promoção publicitária, imprescindível em qualquer solução para o Douro, obstará a drásticas reduções no consumo
- a fórmula, acima referida, permite uma rápida correção do volume a produzir, assegurando o equilíbrio anual entre a oferta e a procura e escoando toda a produção
- mesmo com uma redução de 50% na comercialização, dizem os estudos já efetuados, a receita da região aumentará, cobrindo os custos da produção

Será que há inocentes?




Autoria: Arlindo M. Souto e Castro



Fica aqui mais uma vez expresso o nosso mais sincero e profundo agradecimento. 

sexta-feira, 9 de março de 2012

Agradecimentos

  Queremos aqui expressar publicamente a nossa mais sincera e profunda gratidão à empresa Carlos Alonso Douro Wine, nomeadamente na pessoa do seu proprietário, o Sr.Carlos Alonso,  pela generosidade demonstrada para com o nosso projeto, designadamente por patrocinar a compra das t-shirts alusivas ao projeto (cujas fotos publicaremos brevemente).   

  Generosos em sabor  também são os seus vinhos. Para os apreciadores do "néctar de Baco" recomendamos contactar a empresa supracitada através: 

Av. 25 de Abril, 20A
5070-051 Alijó
Portugal
Telefone: + 351 259 959 725
Fax: + 351 259 598 535
Email: geral@carlosalonso-dourowine.pt

Diário de Bordo XI

Mais uma reunião, mais uma brainstorm varreu o nosso grupo de trabalho. Pode classificar-se de "frutífera". Mais uma página foi escrita, "digna de um série televisiva" ousamos ter essa presunção.  Na nossa pesquisa constante acerca do Douro descobrimos  factos fascinantes sobre o Douro natural, edificado e etnográfico que faremos questão de incorporar na nossa história.

A aventura continua...fiquem atentos!

Diário de Bordo X

Nota: não há concordância entre os factos apresentados e a data da sua publicação no blog. Por motivos que nos são completamente alheios não puderam ser publicados no respetivo dia do sucedido. O relato seguinte reporta-se ao dia   5 de março de 2012. 

Esta segunda-feira gerou-se uma acesa discussão entre as fações masculina (claramente minoritária) e feminina no concerne a um certo detalhe da nossa história.
Após um árduo consenso concentramos as nossas energias na busca e na preparação de novos e enriquecedores detalhes para o nosso enredo.

Só para aguçar a curiosidade dos leitores,  a nossa história será marcada por um série de peripécias engraçadas que concerteza o deleitarão.